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Entrevistas 30 anos do PET-Economia

Data da publicação: 19 de agosto de 2024 Categoria: Notícias

Em comemoração aos 30 anos do Programa de Educação Tutorial do Curso de Ciências Econômicas, o petiano Victor Stilita conduziu algumas entrevistas com as professoras que foram responsáveis pela idealização e por conduzir os primeiros anos do PET-Economia. 

A Professora Drª Sandra Maria dos Santos, do Departamento de Economia Aplicada foi a responsável, durante o período em que estava à frente da coordenação do Curso de Ciências Econômicas, por dar os primeiros passos em direção à criação do que viria a ser o PET Economia. Em virtude de sua licença para cursar o Doutorado em Ciências Econômicas na Universidade Federal de Pernambuco, a efetivação do grupo PET se deu pelas mãos da Professora Drª Maria Cristina Pereira de Melo, do Departamento de Teoria Econômica, e primeira Professora Tutora do PET-Economia. Confira a seguir a entrevista com as professoras Sandra Maria e Maria Cristina:

 

Entrevista Professora Doutora Sandra Maria dos Santos

Sandra Maria dos Santos possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1978), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1989) e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (1998). Entrou na Universidade Federal do Ceará em fevereiro de 1990, e desde então teve uma ativa vivência acadêmica, como professora, coordenadora de graduação do curso de economia, chefe do departamento de economia aplicada, coordenadora da pós-graduação do curso de mestrado em controladoria, editora chefe da Revista Contextus. Professora titular da Faculdade de Economia, Administração, Atuaria e Contabilidade/FEAAC, da Universidade Federal do Ceará/UFC, atuando na graduação e pós-graduação (Programa de Pós Graduação em Administração e Controladoria/PPAC) . Tem experiência na área de Economia, com ênfase em organização industrial e estudos organizacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: estratégia, competitividade, economia criativa, inovação social, internacionalização. (Texto retirado do Currículo Lattes da Professora)

 

Victor Stilita: Como surgiu a iniciativa de fundar um grupo PET para o curso de Economia da  UFC?

Sandra Maria dos Santos: Lembro de poucas informações sobre essa questão, estava na coordenação do curso  1992/fev1994), e começou a haver esse movimento para mobilizar adesão de cursos para  esse programa. Nesse sentido, a coordenação foi buscar informações sobre os  encaminhamentos necessários para viabilizar uma proposta. A coordenação participou de  várias reuniões internas com departamentos de economia e a diretoria da FEAAC, bem  como com outros cursos que estavam com interesse em apresentar suas propostas. Lembro  particularmente, de contatos com a Faculdade de Educação. Conseguimos a aprovação do  projeto pioneiro PET na economia, mas no meu caso particular, tendo em vista meu  afastamento para o doutorado na UFPE (mar/1994), a Profa. Maria Cristina Pereira de Melo,  assumiu o PET. Ela participou de boa parte da história do PET! No meu caso, fiquei a  distância torcendo para o crescimento e fortalecimento do programa.  

Em 2009, ao assumir novamente a coordenação, o PET já tinha conquistado seu espaço na  economia, com a participação de outros professores, como Prof. Ricardo Pereira e Prof.  Marcelo Callado.

  

VS: Como foi o processo de colocar o projeto em vigor? 

SMS: Nesse momento, estava na UFPE.

 

VS: Dentre os eixos do tripé acadêmico (ensino, extensão ou pesquisa), qual na sua perspectiva, foram mais explorados?

SMS:Acredito que quem assume esse programa busca um equilíbrio desses eixos de ação, mas  também depende da interação do grupo, nas discussões das prioridades. Particularmente, a  extensão e a pesquisa devem ser incentivadas. Por sua vez, a contribuição dos discentes que  participam do PET, na ajuda e motivação dos alunos com mais dificuldade de acompanhar  o curso, é muito relevante para o melhoramento do perfil do curso de economia

 

VS: Na sua visão como era a interação entre o PET-Economia em seus primeiros anos e a  pós-graduação, notadamente o CAEN? 

SMS: Acho que sempre houve uma boa interação, considerando que nos eventos/oficinas  realizadas pelo PET, os professores da pós-graduação, quando convidados, participavam  como palestrantes. 

 

VS: Quais lições a senhora absorveu e gostaria de compartilhar sobre o processo de  criação do PET? 

SMS: Como todo projeto inicial, se não houver compromisso de um grupo para trabalhar  conjuntamente, ir atrás dos procedimentos técnicos e institucionais necessários para viabilizar uma proposta, procurar dialogar com seus pares e buscar apoio institucional, o  processo pode não ter o sucesso que se almeja. Também é muito importante contactar com  experiências anteriores, pois ajudam a compreender os desafios, embora cada curso tenha  suas especificidades históricas e atuais!

 

VS: Diante das suas vivências, teria algum conselho a ser dado para a atual e futuras  gerações de petianos e futuros tutores?

 

SMS: Aos petianos, aproveitem intensamente a participação nesse programa e compartilhem suas  expertises intra e extra grupo, sejam multiplicadores do conhecimento que adquirem nesse  processo de crescimento na vivência estudantil.  

Aos futuros tutores, desejo muita luz para interagir com o grupo e direcionar todos com  motivação para consolidar cada vez mais a atuação do PET na sua missão junto ao curso de  economia.  

 

Entrevista com a Professora Doutora Maria Cristina Pereira de Melo

Maria Cristina Pereira de Melo é Pós-doutora em Economia pela Universidade de Paris I – Pantheon, Sorbonne, Pós-doutora em Economia pela Université de Paris XIII, doutora em Sciences Economiques pela Université de Paris VIII. Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Ceará. Membro do Grupo de Pesquisa Região Indústria e Competitividade – RIC (UFC/CNPq). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Relações do Comércio; Política Comercial; Integração Econômica, Economia Industrial e Tecnologia atuando principalmente nos seguintes temas: comércio exterior, indústria, tecnologia, Brasil, Nordeste e Ceará. (Texto retirado do currículo Lattes da professora)

 

VS: A senhora pode discorrer um pouco sobre sua experiência de implantação do Grupo PET do curso de Ciências Econômicas da UFC e como primeira tutora do PET-Economia?

MCPM: Em 1993, por solicitação do então diretor da FEAAC, Professor Ricardo Regis Duarte e do Coordenador do CAEN, professor Assuero Ferreira, elaborei e submeti junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará o projeto de implantação do Programa Especial de Treinamento (PET) de Economia do Programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)/Ministério da Educação e Cultura (MEC). Em agosto de 1994, o grupo PET do Curso de Economia foi autorizado a iniciar suas atividades com a seleção dos primeiros bolsistas. Fui a primeira tutora do Programa e sustentei a coordenação até novembro de 1995 quando me afastei para Programa de Pós-doutorado. Na minha ausência, o professor Antonio Lisboa Teles da Rosa, então cotutor, assumiu a função de tutor.

Reassumi a tutoria do PET-Economia em março de 1997 e permaneci até julho e 2001. Neste período, eu e a professora Ana Maria Fontenele coordenamos as atividades em conjunto.  

 

VS: Como ocorreu a formação das turmas de petianos, durante parte do seu período à frente do PET?

MCPM: O grupo foi se implantando aos poucos. A cada semestre era permitido o ingresso de quatro novos alunos, até totalizarem doze integrantes. No segundo semestre de 1995 pudemos completar a equipe. A seleção visava buscar alunos com bom desempenho acadêmico associado a interesse na atividade de pesquisa com possível orientação para a vida acadêmica. Este Programa proporcionou o encaminhamento de diversos alunos para posterior atividade acadêmica.

 

VS: Dentre os eixos do tripé acadêmico (ensino, extensão ou pesquisa), qual, na sua perspectiva,  foi mais explorado?

MCPM: Primordialmente, o PET até 2001, enquanto fui tutora, tinha como objetivo o treinamento de estudantes para seguirem atividade acadêmica. Portanto, havia acompanhamento do desempenho acadêmico e desenvolvimento de projetos de pesquisa. A monitoria voluntária era estimulada para despertar atividades  docentes futuras.

 

VS: Na sua visão como era a interação entre o PET-Economia em seus primeiros anos e a pós-graduação, notadamente o CAEN?

MCPM: Durante o período em que fui tutora, os alunos desenvolviam suas pesquisas sob orientação de diversos professores, escolhidos por eles e de acordo com os temas de interesse de cada um. Neste quadro de professores orientadores, estavam professores da Graduação e da Pós-Graduação, no caso o CAEN.

O programa, tal como estava sustentado, sofreu algumas descontinuidades financeiras, o que desmobilizou em grande medida atividades em curso. A reestruturação efetivada deslocou o eixo de orientação que passou a ser vinculado à Pró-reitoria de Graduação. A meu ver os dois Programas, o primeiro e o atual, são de relevância para os estudantes que deles participaram, tanto do ponto de vista acadêmico como do desenvolvimento pessoal.

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